A menina observa os “velhos”, que caminham pelas ruas…que caminham pela vida. Não, eles não podem passar desapercebidos. Sim, eles carregam uma história, e a menina quer aprender e acolher. Escrito em 15/09/1999 – Mogi Mirim SP.
Uns amados…outros abandonados…
Vagueiam pelas ruas em busca do futuro:
A morte.
São como crianças,
Não sabem nada do que se passa no mundo presente.
Vão indo, caminhando…
Sempre sozinhos até que o futuro os leve.
Choram, sentem falta talvez, de um amigo.
Muitos têm uma família e são felizes,
Outros procuram alguém que possa ao menos
Cuidar deles, amá-los.
Andam, de um lado para outro…
Assim como crianças, não dizem nada,
E a qualquer momento podem tropeçar,
Pois estão desaprendendo
Tudo o que um dia, talvez, tenham aprendido.
Quando chega à noite,
Só Deus sabe para onde vão.
Sentem frio, calor, em meio a escuridão.
Mas a lua nunca os abandona, nem Deus.
Passam pela nossa frente,
Com os pés sujos e partidos.
Ouve-se o barulho do rastejar do pé na calçada,
Todos sentem dó, mas não dizem nada.
Cabeça abaixada…
Às vezes nos olham, com o olhar de quem pede ajuda.
Seus cabelos brancos mostram a experiência,
Tudo o que já viveram.
Andam devagar, já não são tão fortes.
Ninguém liga para eles,
São crianças abandonadas,
Que um dia das nossas ruas desaparecem,
E de tudo se esquece.
Viram outra vez “um nada”.
É normal, apenas chegou sua vez,
De morrer sem deixar rastros…
São eles…chamados por nós: “velhos”.
Muito Lindo!
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Muito Triste, mas é verdade, muitas vezes passamos por pessoas que precisam de ajuda e não temos tempo de parar e dar atenção, mas pode ser que no futuro sejamos nós que precisaremos de ajuda.
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