“Preciso acabar logo com isso
Preciso lembrar que eu existo
Que eu existo, que eu existo…”
Quem nunca teve uma Maria em sua vida?
A Bruna teve a alegria de ter uma Maria por perto, desde que nasceu: a tia Maria, irmã da sua mãe.
Os avós maternos da Bruna faleceram muito cedo, a avó Emília tinha apenas 46 anos e o avô Luiz, 59. Deixaram seis filhos, do mais velho para o mais novo: Luiz Antonio, Maria, Angelina, José, Roberto e Geraldo. Angelina estava com 15 anos quando a mãe faleceu. Um ano depois ela se casou e, aos 18 anos teve o primeiro filho, Celso (o irmão mais velho da Bruna).
A tia Maria dedicou-se aos irmãos, cuidando sobretudo dos mais novos. José tinha algumas dificuldades cognitivas, o que fez com que a irmã se dedicasse ainda mais a ele.
A Bruna se lembra da fazenda onde os tios moravam com suas famílias. Na beira da pista, uma grande porteira de madeira dava acesso à estrada que levaria até as casas dos parentes. O caminho era bem íngreme e a menina tinha medo que o carro perdesse o freio na descida. Na subida, ficava torcendo para o carro não morrer!
Os tios maternos costumavam se reunir nos finais de semana, almoçavam juntos e conversavam sobre os mais diversos assuntos.
A Bruna adorava brincar com os primos de casinha, de pega-pega, de esconde-esconde, de balanço e de tantas outras coisas… Eram sete primos: a Vi e o Dé, filhos do tio “Gerardo”; a Eliane e o Mateus, filhos do tio Roberto; a Rachel, o Dã e a Angela, filhos do tio “Zinho” (a Angela chegou bem depois, é a mais nova). A tia Maria e o tio “Zé” não se casaram e não tiveram filhos.
Todos moravam lá, naquele lugar maravilhoso, onde havia fartura de cores e sabores, e acima de tudo: fartura de amor.
O Natal era comemorado com um almoço na casa da tia Maria, e o Ano Novo, no racho do tio Zinho.
A tia Maria sempre esteve ali: pronta para ajudar. A tia Maria era a tia do abraço, dos presentes, que fazia maria-mole e doce de leite com canudinho…tudo para agradar os seus sobrinhos. A tia Maria era a tia que se preocupava, como se fosse uma mãe, com a saúde e educação das crianças, sobretudo com a educação religiosa.
Quem é a Maria da sua vida? O que ela faz?
A tia Maria era e é a tia que luta, que persiste, que acredita, que ora, que tem sempre uma palavra positiva e motivadora. É o tipo de pessoa que planta, cultiva, colhe e reparte.
Com toda certeza, ela também tem, como todas as outras Marias, os seus problemas, as suas fraquezas, as suas dores…mas o fato é que ela sempre comunicou muita força e fé. A Bruna sempre viu na sua tia, um grande exemplo de pessoa, de cristã, alguém que não apenas fala sobre Deus, mas vive os seus ensinamentos. A tia Maria é um ser especial, ela vive a missão!
Conforme a menina crescia, ela observava o comportamento da tia e, com toda certeza, os seus irmãos, cunhadas e cunhados, sobrinhas e sobrinhos, e tantas outras pessoas que passaram pela sua vida, sentem-se gratos por todo amor e dedicação!
Oi tia Maria!
Quão bom é olhar para você,
Quão bom é ter a sua presença,
Pensar no bem, fazer o bem,
Sem olhar a quem…
Você me mostra Deus,
Você transmite amor,
No seu falar, no seu agir,
É fácil saber, eu posso sentir!
Riqueza e simplicidade,
Sabedoria e humildade.
Maria, Maria, Maria.
Quanto mais se doa,
Mais se multiplica!
Amo você minha querida tia!
“A religião pura e imaculada para com Deus, o Pai, é esta: visitar os órfãos e as viúvas nas suas tribulações e guardar-se da corrupção do mundo” – Bíblia, Carta do Apóstolo Tiago, capítulo 1, verso 27.
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