JOAQUIM

Eu sentia que era ELE. E o ultrassom confirmou: é um menino.

Meu marido estava ali, do meu lado. Ele sempre esteve. Permaneceu durante toda a gestação, nos dando força e muito amor. E segue sendo um pai incrível!

Filho, essa é a sua família, obrigada por ter nos escolhido, seja muito bem-vindo!

Bem, hoje quero contar um pouco sobre o nascimento do Joaquim. Espero que você, que me acompanha por aqui, esteja bem! É um prazer compartilhar minha essência com você!

Como já comentei em outros posts, eu e meu marido sempre pensamos em ter filhos. Se fosse menino se chamaria Luiz Antonio (o nome do pai e do avô paterno). Se fosse menina, seria a Maria Luiza. Mas quando eu soube que teria um menino, eu não sentia que ele era o Luiz Antonio… Então, começamos a ver outros nomes.

Certo dia, eu estava na casa da minha mãe e ela começou a dar algumas sugestões. Foi quando ela se lembrou de um nome e disse: “Ah, esse você vai gostar, é um que você sempre falou: Joaquim”. Nossa, eu não me lembrava desse nome e fiquei surpresa. Achei perfeito. Comentei com meu marido e ele gostou. Então, assim o nome do nosso filho foi escolhido.

“Joaquim” era o nome do meu bisavô (pai da minha avó paterna / avô do meu pai). É um nome bíblico, de origem hebraica que significa o que Deus elevou. Algumas características relacionadas ao nome: sociável, determinado, curioso, atencioso, gosta de ajudar as pessoas e tem características de independência. Persistente, muito criativo e aventureiro. Bem, é exatamente assim que percebo o meu Joaquim rsrs, sobretudo um menino observador, curioso, que gosta de explorar e de ajudar.

Foi uma gestação tranquila, maravilhosa, tenho muito a agradecer. Quanto a gestação do coração (o processo de adoção), eu e meu marido concluímos as palestras, conversamos com a psicóloga e decidimos não seguir no processo, pois entendemos que naquele momento precisávamos focar no acolhimento do Joaquim. Confesso que fiquei um tanto deprimida em não seguir com esse processo, que pra mim já significava uma gestação. Mas hoje vejo que foi uma decisão necessária naquele momento. Eu creio: há tempo para todo propósito debaixo do céu…

Abri um arquivo e fiz anotações semanais sobre a gestação do Joca. Inclusive, anotei alguns marcos de desenvolvimento até os dois anos de vida dele. Fica aqui a dica para futuras mamães! Essas anotações nos ajudam a nos lembrar de acontecimentos importantes, como quando começou a engatinhar, a andar, a falar, o que gostava de comer, etc. É interessante também anotar acontecimentos externos, situações do ambiente, relação entre os pais, sentimentos e comportamentos da mãe, porque tudo isso impacta no desenvolvimento da criança e nesses eventos podemos encontrar a raiz e até mesmo a cura para problemas futuros. Isso já aconteceu por aqui…

E, sobre eventos marcantes, não posso contar sobre a chegada do Joaquim sem relatar duas situações: a pandemia e o falecimento do meu sogro.

A pandemia estava ali e, junto com ela, o medo e a ansiedade. A vontade de me isolar, de não tocar nas outras pessoas, de proteger e proteger ao máximo. Assim eu vivi a minha gravidez: cuidando ao máximo de mim e do meu filho, da minha saúde física e emocional. Eu ficava muito irritada quando algumas pessoas queriam me tocar, me abraçar… mas também entendo que cada um é movido por razões que a própria razão desconhece. Não tenho dúvidas que a pandemia foi um evento que influenciou e sempre vai influenciar a forma como o Joca vai se desenvolver e viver. Não sei qual foi ou qual será a interpretação dele sobre esses acontecimentos e sentimentos, mas desejo que carregue em si, sobretudo, a mensagem do amor. Que o amor é mais forte que tudo, que ele vence todas as barreiras, todas as crenças, que ele liberta e salva.

O segundo evento diz respeito ao falecimento do meu sogro, um ano após o falecimento do meu pai e vinte dias antes do Joaquim chegar a esse mundo. Foram dias bem difíceis… Meu sogro ficou internado por conta da covid, cerca de quarenta dias. Meu marido e toda família sofreram muito. Eu fiz tudo o que pude para me manter bem fisica e emocionalmente. Mas a gente sabe, não tem como não se envolver, não sofrer. No dia do velório eu tive muita diarreia o dia todo, tamanha era a minha ansiedade! Fui apenas um pouco para me despedir… Mas meu desejo era de ficar lá, ao lado do meu marido, dando apoio e força, assim com ele me deu em tantos momentos. Entretanto, proteger o Joaquim era a prioridade e o extinto materno cumpriu sua missão. Retornamos para nossa casa, seguimos, com o coração apertado, quebrantado, mas também cheio de esperança e alegria pela chegada do nosso filho. Faríamos o possível para que esse momento fosse muito especial.

No dia 30/11/2021 eu acordei e trabalhei pela manhã. Fiz meu último atendimento. A ideia era descansar as duas próximas e últimas semanas da gestação. Um dia antes, na segunda-feira, eu fui no pilates e me despedi das meninas, a barriga estava enorme e eu já estava bem cansada. Após o atendimento, tirei uma foto para registrar o encerramento das atividades profissionais, almocei e fui me deitar um pouco. Acordei e senti algo: minha bolsa tinha estourado! Minha ajudante Rosana estava em casa. Avisei ela sobre o ocorrido e fui tomar um banho. Avisei meu marido, que estava trabalhando em outra cidade. Ligamos para nossa amiga Simone que prontamente se colocou a disposição e me levou até o hospital Paulo Sacramento.

Chegando lá, devia ser umas 18h00, fui atendida e levada para o quarto. Logo meu marido chegou e ali passamos a noite, aguardando pelas contrações… Meu desejo é que o Joaquim nascesse bem, independentemente de ser através do parto normal ou cesárea. Eu tinha preferência pelo parto normal e a equipe médica também. Como o Joca estava bem, aguardamos esse tempo. Na manhã do dia seguinte, foi sugerido usar indutores de contração. Foram três tentativas e então as contrações chegaram…eu passei por elas, enfrentei-as, mas infelizmente não tive dilatação. Era noite, quase 23h00 quando a médica entrou no quarto e sugeriu a cesárea. Eu tinha a opção de continuar tentando mais algum tempo ou já fazer a cirurgia, com calma (pois naquele momento o centro cirúrgico estava bem tranquilo) e passar aquela madrugada com meu filho em meus braços.

Nossa! Tomar essa decisão foi muito difícil para mim. Eu queria fazer o melhor, eu queria fazer algo certo. Mas o que seria o certo naquele momento? Quais seriam as possíveis consequências de uma escolha ou outra? Então, oramos e Deus nos ajudou a decidir. Movidos pelo desejo de evitar maiores riscos e de ter segurança, optamos pela cesárea.

Eu me lembro de me sentar na cadeira de rodas e seguir por aquele corredor. Lá, dentro da sala, a enfermeira perguntou qual música eu queria ouvir.

Ao meu lado, meu marido, uma parte de mim e do meu filho.

As 23h17 do dia 01/12/2021, Joaquim mostrou o seu rosto e chorou. Ele nasceu!

Indescritível esse momento… uma emoção única! Uma benção! A essência do amor!

Ah…meu filho, pode imaginar o quanto sonhamos com você?

Pode sentir o nosso desejo, ainda que recolhido por conta do medo e das incertezas?

Pode sentir o nosso amor, o nosso cuidado?

Fizemos o nosso melhor. Faremos sempre o nosso melhor.

Cresça e siga confiante. Carregue amor. Espalhe luz. Ouça o Espírito Santo. Você pode sonhar e realizar grandes coisas, e ser muito feliz nessa jornada. Toda a nossa família, nós e os que vieram antes de nós, está em você. Você é forte e pode todas as coisas Naquele que te fortalece. Você tem em cada célula as sementes da saúde, da paz, da sabedoria, do amor, da generosidade, da coragem, da harmonia, da prosperidade, da criação e da transformação. Cresça, floresça, frutifique. Siga em paz porque Deus o elevou e habita em você.

Te amamos!

Enche-me
Enche-me, Senhor de Tua voz
Enche-me
Enche-me, Senhor de Tua voz

Música: Versos – Patrícia Romania e Jeferson Pillar

Assim concluo mais uma reflexão, com o coração leve e cheio de gratidão! Até breve!

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